03 janeiro 2010

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano, vive uma louca chamada "Esperança" e ela pensa que quando todas as sirenas, todas as buzinas, todos os reco-recos tocarem: Atira-se... E...-ó delicioso vôo! Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada, outra vez criança. E em torno dela indagará o povo: — Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!) Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: — O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA... (Mario Quintana)

Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998.

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