01 janeiro 2000

Clarice Lispector

  • ...Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi.E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com as duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar... (Clarice Lispector)
  • Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
  • Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida. (Clarice Lispector)
  • Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
  • Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada. (Clarice Lispector)
  • Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
  • Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca. (Clarice Lispector)
  • Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
  • Sinto a falta dele como se me faltasse um dente na frente:excrucitante. (Clarice Lispector)
  • Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
  • É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão poerfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade. (Clarice Lispector)
  • Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ

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