16 junho 2012

Amor maduro...

O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas quase silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido, colorido e poetizado. Não carece de demonstrações: presenteia com a verdade do sentimento. Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes.
O amor maduro não disputa, não cobra, pouco pergunta, menos quer saber. Teme, sim. Porém não faz do temor argumento. Basta-se com a própria existência. Alimenta-se do instante presente valorizado e importante. O amor maduro é a capacidade de crer e continuar. É o sentimento que se mantém mais forte depois de todas as ameaças.

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois. Vive do que fermentou criando dimensões novas para jardins abandonados cheios de sementes. Não exige, dá. Não pergunta, adivinha.

O amor maduro não precisa de armaduras, coices, cargos, iluminuras, enfeites, papel de presente, flâmulas, hinos, discursos ou medalhas: ele vive de uma percepção tranqüila da essência do outro. Deixa escapar a carência sem que pareça paupérrima. Demonstra a necessidade sem que pareça voraz. Define uma dependência sem que se manifeste humilhante. Não precisa nem quer nada do muito. Está relacionado com a vida, por isso é pleno em cada ninharia e por ela transformada em paraíso.

É feito de compreensão, música e mistério. É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É como o sol de outono: nítido, mas doce. Luminoso, sem ofuscar. Suave, mas definido. Discreto, mas certo. É assim ...o amor maduro!

(Artur da Távola)

12 junho 2012

O jeito...

O que é que faz a gente se apaixonar por alguém? Mistério. Não é só porque ele é esportista, ou porque não é, também não tem nada a ver com beleza... A beleza é apenas um ponto de vista de cada um... O que é então?

Mistério decifrado: é o jeito. A gente se apaixona pelo jeito da pessoa. É o jeito de ele piscar, o jeito de caminhar, o jeito de usar a camisa pra fora das calças, o jeito de passar a mão no cabelo... É o jeito de suspirar no final das frases, o jeito de sorrir.

Vá tentar explicar isso!! Conheci pessoas por quem nunca me interessei, talvez pelo jeito também: o jeito vulgar de falar, o jeito rude de tratar os garçons, um jeito mauricinho de se vestir, engravatado até na beira da praia. Nenhum defeito nisso. Pode até ser que eu tenha perdido os caras mais sensacionais do universo. Mas um cara só será o mais sensacional do universo se tiver um “jeito” de ser que não se possa explicar.

Porque esses “jeitos” que nos encantam não se explicam mesmo...

09 junho 2012

Por preferência...

"Estou aqui não porque deva estar, nem porque me sinto cativo nesta situação, mas porque prefiro estar contigo a estar contigo a estar em qualquer outro lugar no mundo." (Richard Back)

06 junho 2012

A canção que faltava...

Linda música!!